A novela é construída para ser um espetáculo, para causar fascínio naqueles que as assistem. Seus personagens são construídos para tornarem-se ídolos. Assim, as novelas aguçam o desejo de consumo dos espectadores, servindo de base para criar e difundir modas e tendências.
Mas não se engane: é preciso muito trabalho e criatividade para tornar um estilo desejável para o telespectador. Os figurinistas frequentam semanas de moda no mundo inteiro, pesquisam sobre arte, tecnologia e história. Mas, muitas vezes, é no próprio espectador que está a resposta. Essa influência da novela no modo de vestir começou em 1970, com a introdução das séries que abordavam o cotidiano, e não apenas o passado. Antes, não era raro os atores recorrerem a seus guarda-roupas pessoais. Em Senhora, transmitida pela extinta TV Paulista em 1952, a atriz Márcia Real usou o próprio vestido de noiva na cena do casamento de sua personagem, Aurélia Camargo. “A partir da década de 1970, as novelas passaram a ditar moda”, conta o livro Entre Tramas, Rendas e Fuxicos, produzido pela Central Globo de Comunicações para contar a história dos figurinos de suas novelas.
Com o tempo, o sucesso de uma peça de roupa passou a depender também da forma como ela é apresentada. Em Água Viva, Betty Faria, que fazia a personagem Lígia, reclamou que não agüentava mais a cor roxa, frequente nos modelitos da época. Por causa disso, o roxo encalhou nas prateleiras. Para contornar a situação, foi gravada uma nova cena, em que a personagem elogiava a cor. Nada desse alcance acontece por causa de um desfile de moda. Alexandre Herchcovitch, um dos mais prestigiados estilistas brasileiros, confessou, durante um debate no ano passado em São Paulo , que os figurinos “melhoram” a maneira de o brasileiro se vestir. “A novela é a grande revista de moda das camadas populares”, ele afirmou.
Layne Gabriele, estudante de 16 anos é adepta ao look quem vem das telinhas. Não abre mão da unhas coloridas da personagem Rakelli de Beleza Pura, nem dos maiôs da Bebel no verão, mas o que ela adotou de vez nos seus looks foi o estilo indiano de Maya de Caminho das Índias, que abusa do Kajal (técnica com lapis indiano) que realça os olhos.
"A maquiagem é perfeita para qualquer ocasião, com o look que estou, é só tirar o lenço indiano e partir para qualquer lugar".
Layne Gabriele, estudante de 16 anos é adepta ao look quem vem das telinhas. Não abre mão da unhas coloridas da personagem Rakelli de Beleza Pura, nem dos maiôs da Bebel no verão, mas o que ela adotou de vez nos seus looks foi o estilo indiano de Maya de Caminho das Índias, que abusa do Kajal (técnica com lapis indiano) que realça os olhos.
"A maquiagem é perfeita para qualquer ocasião, com o look que estou, é só tirar o lenço indiano e partir para qualquer lugar".
Confira alguns modismos lançados pelas novelas:
A Barba Azul, 1974
Eram anos 70 , por isso, Eva Wilma caprichou no modelo. Óculos aviador, lencinho no pescoço, calça boca-de-sino e plataforma de moda. Sucesso.
O Rebu, 1974
A primeira novela a cores da televisão. "O Rebu fez com que os cabeleireiros subitamente tivessem que mandar afiar as tesouras. E faltou gomalina na praça", escreveu Ruy Castro em seu livro "Ela É Carioca". Tudo isso por causa do cabelo curto da personagem de Bete Mendes.
Pecado Capital, 1976
Rosa Maria Murtinho usava um turbante e óculos estilo Jackie O. Ícone de sofisticação.
A Barba Azul, 1974
Eram anos 70 , por isso, Eva Wilma caprichou no modelo. Óculos aviador, lencinho no pescoço, calça boca-de-sino e plataforma de moda. Sucesso.
O Rebu, 1974
A primeira novela a cores da televisão. "O Rebu fez com que os cabeleireiros subitamente tivessem que mandar afiar as tesouras. E faltou gomalina na praça", escreveu Ruy Castro em seu livro "Ela É Carioca". Tudo isso por causa do cabelo curto da personagem de Bete Mendes.
Pecado Capital, 1976
Rosa Maria Murtinho usava um turbante e óculos estilo Jackie O. Ícone de sofisticação.
Dancin’ Days, 1978
Fez a moda discoteque se transformar numa tendência em todo o Brasil. A meia colorida de lurex se transformou no maior modismo daquela época.A personagem de Sônia Braga, Júlia, era o grande ícone de estilo.
Água Viva, 1980
A personagem de Glória Pires usava um brinco de um lado só. Ela e, depois, todo mundo.
Quatro por quatro, 1994
O estilo de Babalú
Fez a moda discoteque se transformar numa tendência em todo o Brasil. A meia colorida de lurex se transformou no maior modismo daquela época.A personagem de Sônia Braga, Júlia, era o grande ícone de estilo.
Água Viva, 1980
A personagem de Glória Pires usava um brinco de um lado só. Ela e, depois, todo mundo.
Quatro por quatro, 1994
O estilo de Babalú
, com salto alto e meias e shortinho, foi o grande sucesso da época.
Paraíso Tropical, 2007
Paraíso Tropical, 2007
O maiô todo recortado que, por trás, parece um biquíni, e é usado por Bebel tanto na praia, quanto no dia-a-dia é marca registrada do visual da personagem. Virou hit no verão.
Caminho das Índias, 2009
Época do make indiano: o kajal esgotou e todo mundo queria ter o estilo da personagem de Juliana Paes. Os tecidos indianos começaram a ser procurados nas lojas populares.
Época do make indiano: o kajal esgotou e todo mundo queria ter o estilo da personagem de Juliana Paes. Os tecidos indianos começaram a ser procurados nas lojas populares.
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